Álvaro Lins que era chefe da Polícia Civil na gestão Garotinho foi condenado a 28 anos de prisão. Ex-governador se diz vítima de perseguição política
André Santos *
O ex-governador do estado do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) foi condenado pelo Ministério Público Federal (MPF), na tarde desta terça-feira (24), a dois anos e seis meses de prisão por crime de formação de quadrilha. Além de Garotinho, o ex-deputado estadual Álvaro Lins, que exercia o cargo de chefe da Polícia Civil durante o a gestão do ex-governador, foi condenado a 28 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha armada, corrupção passiva e lavagem de bens. Pela decisão da 4ª Vara Federal Criminal, o ex-governador que é candidato a deputado federal pelo PR teve sua pena convertida em prestação de serviços comunitários. A decisão ainda cabe recurso e não impede que Garotinho seja candidato a deputado federal.
Tasso Marcelo / Agência Estado
* Com informações do G1, Folha On Line, Globo on line e Blog do Garotinho
Anthony Garotinho, condenado a prisão pela justiça federal, pode continuar sendo candidato a deputado federal pelo PR.
A denúncia contra Anthony Garotinho foi feita pela Procuradoria da República em maio de 1998, quando este ainda era o governador fluminense. Segundo a denúncia do MPF, o ex-governador “mantinha na chefia da Polícia Civil grupos que não coibiam os jogos de caça-níqueis no estado e promoviam corrupção e lavagem de dinheiro”.
Garotinho diz estar sendo vítima de perseguição política
A condenação de Garotinho e Lins foi um desdobramento da operação Gladiador, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo MPF em maio de 2008 que na ocasião quebrou os sigilos bancário e fiscal do ex-chefe da Polícia Civil. Com posse dos documentos colhidos na operação o MPF aprofundou as investigações conseguindo analisar a rede montada pelo ex-chefe da Polícia Civil fluminense e que segundo a Procudoria da República tinha a coninvência do ex-governador.
- A sentença é positiva e demonstra um claro progresso no combate à corrupção e à impunidade neste país – destacou o Procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas.
Por meio de um post em seu blog, Anthony Garotinho disse estar sendo vítima de perseguição política como “as sofridas por líderes populares como Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola”, este último desafeto declarado de Garotinho em seus últimos anos de política e vida.
- A decisão da 4ª Vara Federal evidencia mais um capítulo da perseguição covarde dirigida não só a mim, mas a toda minha família. É de se estranhar o fato de ela ser anunciada justamente no período eleitoral, a 41 dias das eleições no país, e justamente quando todas as pesquisas de intenção de voto apontam meu nome como o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro. Enganam-se aqueles que acham tratar-se de uma mera coincidência. Além da afirmação do Ministério Público Federal de que eu sabia das supostas atividades do ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, não há, nos autos, rigorosamente, nenhuma acusação ou prova formais contra mim – disse Garotinho, que confirmou que vai recorrer da decisão.
* Com informações do G1, Folha On Line, Globo on line e Blog do Garotinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário