quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eleição x Aborto

Apenas uma questão
 
Por Miriã Amaro 


Essa eleição tem sido marcada por um tema polêmico: a legalização do aborto. Não houve em outras épocas essa repercussão significativa, que mexeu de uma forma diferente com o povo brasileiro. O aborto tem sua relevância, porém é apenas uma questão dentre outras existentes em nosso país.  Muito se diz sobre a posição dos candidatos, e esses quando se pronunciam usam cuidadosamente cada palavra para não expor uma opinião. Só demonstram que são a favor da vida.
A escolha de um candidato vai além da opinião que ele tem a respeito de aborto. É importante saber o que eles pensam sobre esse tema, porém é necessário saber mais ainda quais são seus projetos e programas. O Presidente não é só para aprovar ou não leis, é também o representante da nação. Ou seja, é o responsável por melhorias gerais no Brasil.
Com o foco apenas na legalização do aborto. É o mesmo que dizer indiretamente: “Pode fazer o que quiser com o país, desde que não legalizem o aborto”. O país precisa de mudança da saúde a educação, do emprego a moradia.
Então, está mais do que na hora de cada brasileiro acordar para as coisas que realmente importa. O aborto e o que os candidatos dizem sobre isso tem sua significância. Mas, devemos escolher o nosso representante pelos seus projetos e planos de governo. E não por causa da opinião dele sobre assuntos que você ache de maior importância. Não seja egoísta, pense no todo. Pense no Brasil.
A decisão é sua!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Política e Aborto

Por Lorayne François

No Brasil o aborto é considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de vida materno.
Dilma, em 2007, no jornal Folha de São Paulo e em entrevista à revista Marie Claire defendeu a legalização do aborto. Mas mudou o seu discurso afirmando que é contra quando percebeu que esta declaração poderia afetar sua candidatura.
“Não podemos fingir que essas mulheres não existem, elas fazem isso em situação muito precária, recorrer ao aborto provoca risco de vida e em alguns casos à morte. Para prevenir para que não haja o aborto, primeira questão, nós temos que tratar a quantidade imensa de gestantes adolescentes que recorrem ao aborto ou porque têm medo da família”
Se acorrer a legalização do aborto no Brasil, vai fazer com que muitas mulheres tenham como alternativa o aborto quando não prevenirem nas relações sexuais. Mas, por outro lado, essas mulheres terão muito mais orientação e acompanhamento médico.
Vidas não devem ser descartadas desta maneira. Aborto é acabar com a vida de alguém que não teve a oportunidade de viver.
Monica Serra, mulher de José Serra, também entrou nesta polêmica, pois já fez um aborto. Esta informação veio através de sua ex-aluna no curso de dança da Unicamp, em 1992, que afirmou que Monica contou pra seus alunos que fez aborto quando estava no exílio com o marido. O fato de ela ter feito um aborto na época da ditadura, não quer dizer que hoje ela seja a favor. Monica pode ter se arrependido.
José Serra diz que é contra o aborto por “valores cristãos”, que impedem a interrupção da gravidez em qualquer circunstância. Mas saiu na mídia um documento assinado por ele quando foi Ministro da Saúde, em 1998. Ele assinou para o Sistema Único de Saúde (SUS), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5° mês da gravidez.
A opinião de um candidato a presidência sobre o aborto é interessante, mas não tem tanta importância, pois não são eles que fazem as leis e decide sobre isto.
Com este assunto, os candidatos fugiram um pouco do foco nas suas discussões de propostas. Então é mais interessante que os candidatos mostrem as suas propostas do que ficar discutindo se é a favor ou não do aborto.

domingo, 24 de outubro de 2010

UM BREVE COMENTARIO

Jornalista pede demissão ao vivo



O jornalista Paulo Beringhs da TV Brasil Central de Goiás pediu demissão na última terça feira alegando estar sob censura, o Jornalista e apresentador interrompeu a entrevista que fazia e pediu demissão no ar, segundo ele deve-se a uma pressão politica nos bastidores e que havia uma ordem para não entrevistar o candidato do PSDB Marconi Perillo. Paulo Beringhs discordou e denunciou ao vivo o esquema, dizendo que o jornalismo passa a não ter liberdade como teve ate agora e usou as seguintes palavras: "Garanta seu emprego que eu garanto minha dignidade." Porque esse jornalista esta comprando briga para Marconi Perillo?
Aos que não conhece, Marconi Perillo foi o mesmo que perseguiu o jornalista Jorge kajuru e sua radio K por vários anos de 1998 a 2003, Marconi Perillo tentou censurar e calar todos em Goiás para que os jornalistas não divulgassem escândalos como o de sua mulher que recebia 9 mil reais mensais de salários sem fazer nada em 2000. Marconi Perillo suspendeu por 30 dias a Rádio K, porque vinha denunciando as irregularidades no governo de Goiás. Marconi tanto perseguiu Kajuru, que o jornalista acabou tendo que sair do estado Goiano e da Radio K por medo de ser morto.
Ai eu pergunto, Será que o nosso colega Paulo Berringhs deveria defender este homem, que também como se fosse um coronel queria mandar na imprensa Goiana na época de kajuru e companhia ? Será que Paulo Beringhs tem toda essa dignidade assim?
Tudo isso que eu citei aqui, está escrito e documentado e vocês encontram no livro, CONDENADO A FALAR de JORGE KAJURU ou ACESSEM : www.sitedokajuru.com.br .


sábado, 23 de outubro de 2010

A repentina fervorosidade de Serra e Dilma


Por Jaqueline de Paula

Parece ter sido banalizado o real conceito de religião pelos atuais candidatos à presidência do Brasil. Em meio a uma acirrada corrida política, Serra e Dilma não têm medido esforços para conseguirem alcançar o posto desejado. Após uma colocação infeliz da candidata do PT em que ela desafia a onipotência de Deus, afirmando que nem ele poderia tirá-la do sério, os opositores não hesitaram em usar isso como uma forma de ataque, questionando a religiosidade de Dilma. Daí pra frente as manifestações dos eleitores começaram a se acalorar, o que gerou certa pressão. Como saída, os dois candidatos, que até então teriam evitado tocar no assunto na tentativa frustrada de agradar a todos , começaram a manifestar um certo e duvidoso fervor religioso.
A mídia, no seu papel de mostrar as pessoas a realidade dos fatos não quis deixar o fato passar em branco e agora por todas as partes há questionamentos a respeito dessa postura repentina dos candidatos.
           O Brasil é um dos poucos países onde ainda há uma considerável tolerância religiosa, e essa coexistência é possível porque é fruto de um país de miscigenação. Então a questão é que qualquer pessoa, inclusive os candidatos, podem ter suas escolhas sem inferir os demais, e exercer sua função plenamente, de forma de que isso não influencie nas suas ações perante o governo.
Serra e Dilma que ultimamente só têm usado ações fisiológicas deveriam se preocupar mais em apresentar soluções cabíveis para os diversos problemas sociais, econômicos e ambientais que assolam o país do que ficarem atacando um ao outro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O marketing político pelas redes sociais

Sabrina Assumpção

Desde que surgiram, as redes sociais têm causado grandes transformações no comportamento da sociedade moderna. Estudiosos tentam entender as diversas atitudes de uma população que expõe cada vez mais sua opinião sem nenhum receio ou restrição. Nesse âmbito, em época de eleições, políticos tentam usar ferramentas populares cibernéticas em seu favor, para promover um verdadeiro marketing político.

Navegando na internet, encontrei milhares de vídeos produzidos, e às vezes postados pelos próprios candidatos políticos conhecidos somente na rede. Os fatores para esse tipo de apelação aos sites de relacionamentos sociais devem-se a diversos fatores. A ausência de oportunidades nos horários eleitorais transmitidos pela televisão ou falta de recursos financeiros para uma grande produção – já que, a internet é uma área livre e muitas vezes, gratuita – podem ser um dos motivos que leve muitos candidatos restringirem suas campanhas às redes sociais.

Por outro lado, candidatos que têm seu horário eleitoral garantido na TV, posam de interessados e preocupados com a sociedade ao criarem um perfil no Twitter, por exemplo. A ferramenta possibilita a comunicação direta do candidato – ou, muitas das vezes um assessor – com seus eleitores. Essa verdadeira, ou não, proximidade, gera uma sensação de que o candidato se importa e está ciente das necessidades da população, atitude que pode reder muitos votos ao mesmo.

Por isso, tem sido comum a contratação de marqueteiros políticos e analistas de redes sociais que tenham experiência em usar as novas, ou antigas, mídias com o objetivo de se obter uma vitória eleitoral. Cursos para a especialização desses tipos de profissionais têm sido comuns desde a vitória do eleito presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que desde sua campanha já possuía uma conta no Twitter.

Assim, nas campanhas eleitorais fica comum a formação da “imagem perfeita” sobre um determinado candidato. As redes sociais também possibilitam o alcance de distintos grupos sociais de acordo com cada ferramenta. Desse jeito, podem ser liberadas propagandas que alimente o que cada círculo social espere de um determinado candidato.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eleição x Religião

Por Lídia Salazar
O Brasil sempre foi um país que se caracterizou pela boa convivência das diferentes religiões que nele existem. No entanto em pleno segundo turno da campanha eleitoral, os candidatos à presidência da república José Serra e Dilma Rousseff resolveram discutir religião. Não que seja um tema que não se possa discutir, mas diante de tantos problemas que precisam ser resolvidos no nosso país, talvez não seja esse o assunto que vai trazer resultados concretos para a melhora do Brasil.
Marina Silva que se candidatou ao mesmo cargo, mas saiu da disputa no primeiro turno, sempre fez questão de declarar sua postura religiosa apesar disso focava sua campanha na defesa do meio ambiente. Agora não mais na disputa pelo cargo de presidente, parece que Marina deixou uma polêmica nas mãos de pessoas que não são tão religiosas assim.
Talvez a candidata do Partido Verde, Marina Silva, tenha despertado em grande parte da população questionamentos sobre a vida religiosa dos outros candidatos.
Uma corrente sobre esse tema se espalhou na internet lotando a caixa de email de muitos eleitores e fez com que os políticos dedicassem tempo em suas aparições para conquistar os religiosos e esclarecer boatos que circularam por aí.
Cada candidato procura falar aquilo que o público quer ouvir. Mas será que realmente eles pensam e agem conforme aquilo que estão falando agora? Ou pela circunstância os candidatos resolveram virar adeptos de uma religião que não existe.
Ao invés de mostrarem o que realmente importa, propostas consistentes de avanço do país e solução de problemas como a desigualdade social, a pobreza, os impostos altos, a falta de segurança, José Serra e Dilma Rousseff travaram uma disputa religiosa e infelizmente boa parte da população vai decidir seu voto baseado em questões desse tipo.

Campanha eleitoral x aborto

Por Miriam Gonçalves
O debato a respeito do aborto tomou conta da campanha eleitoral. O assunto foi dominando cada vez mais as campanhas eleitorais à medida que foi conquistando votos, os eleitores na defesa da vida tornarão seguidores da ideia na política, colocando  mais  em discussão o tema, com a liberdade de opinião e a forte influência religiosa o tema de grande polêmica, toma conta de grande parte das discussões que deveriam ver mais voltadas  a situações que também fazem parte da vida do brasileiro e que sem sem duvida requer  um olhar de debate, para trazer mais clareza sobre as reias propostas dos candidatos. Ao contrario assistimos na campanha presidencial, o uso político de um assunto de direito civil se transforma em tema ideológico e religioso visando desmoralizar candidatos.
O aborto e um direito legalizado em vários países que defende a liberdade da mulher de decidir o que fazer do seu próprio corpo.
No Brasil o aborte só e liberado em três situações: no caso de risco de vida da mãe, grandes resultante de caso de estupro e doenças congênitas grave do bebê sem chance de vida após o nascimento.

Religião, política e exploração da pessoa humana

Diogo Leão

Fato visível nestas eleições tem sido a estratégia que os candidatos José Serra e Dilma Rousseff tentaram usar para conquistar votos explorando a religiosidade do povo. Pudemos ver nas proximidades do dia 12 de outubro, dia em que os católicos brasileiros festejam Nossa Senhora Aparecida que tanto Serra quanto Dilma visitaram o santuário dedicado à santa. Santinhos com motivos religiosos foram impressos como propaganda de Serra e Dilma procurou reunir-se com líderes de cristãos popularmente conhecidos como “evangélicos”.
Os estudos de fenomenologia da religião, feitos pela linha filosófica que leva o mesmo nome, verifica que a religião é um fenômeno universal entre os humanos, que caracteriza a visão de mundo que este tem dividindo tudo o que existe entre sagrado e profano, e que conduz o homem por uma série de práticas que o leva à salvação de suas alienações.  As religiões também têm seus líderes que orientam as consciências de seus adeptos conforme suas doutrinas. Os homens são capazes de suportar grandes sofrimentos por causa de suas religiões até mesmo a morte.
Estamos em um momento novo da história da humanidade onde surgiu o estado laico, na maioria das civilizações e períodos da história o poder religioso esteve unido ao poder político, um dependia do outro. O surgimento do cristianismo, que praticamente surgiu como religião proibida, tanto no seu ambiente originário, pois eram considerados como blasfemos entre os judeus (pois diziam que Jesus era não só o messias, mas também Deus) e rebeldes entre os romanos (pois resistiam reconhecer o imperador como divino), aportou um novo comportamento religioso no ocidente, a religião para estes foi possível existir de forma independente do estado. Com o decorrer da idade média a influência política do cristianismo cresceu muito, diminuindo na idade moderna devido aos regimes absolutistas onde os monarcas tentavam dominar a religião e quase oficialmente terminada na idade contemporânea.
No entanto, a integridade de adesão de uma pessoa à religião é algo que não desapareceu. Na religião a pessoa movida pela fé, muitas vezes faz experiência de paz quando consegue identificar seus pensamentos e atitudes com a religião. No entanto algo antiético é explorar desta dimensão humana por parte de alguns para obter vantagens pessoais, usando não só a religião, como também as pessoas. E um retrocesso no progresso que a humanidade fez em conseguir viver a religião com liberdade, de forma independente do estado.
Por outro lado vemos também o fato de usar a religião como caminho fácil para apresentar valores, não necessitando recorrer a argumentações mais precisas. A falta de reflexão tende a apelar a motivos religiosos em temas polêmicos como aborto e união civil de homossexuais. Se alguém é contra o aborto ou à união civil de homossexuais tende a ser taxado imediatamente como religioso e que por isso em um estado laico não se deve levar em consideração a posição dela. Será que realmente só motivos religiosos levam a estas posições?

Por que o marketing político se tornou uma peça fundamental em uma eleição política?

Por Thiago Alves
Nestas eleições vimos o efeito que uma campanha de marketing pode alcançar. O candidato Tiririca, foi eleito o deputado federal mais votado, abusou de sua figura pública e de seu humor para conquistar os eleitores. Com frases sinceras ou não, ele conseguiu mais de um milhão de votos no estado de São Paulo. “Vote no Tiririca pior que tá não fica”, disse o candidato de numeração 2222. Outra citação de Francisco Everardo Oliveira da Silva, o Tiririca, que causou polêmica, mas é a pura verdade é: “Quero ser deputado federal para ajudar os mais necessitados, inclusive a minha família”. Para muitos ele falou a mais pura verdade.
Tiririca virou um fenômeno no Youtube (canal de vídeos na Internet) e com polêmicas declarações como: “O que é que faz um deputado federal, na realidade eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”, afirmou Tiririca em um vídeo de sua campanha. Até que ponto percebe-se a mão do profissional de marketing na campanha do candidato? O Tiririca é um exemplo da empreitada de sucesso do Marketing Político. E será que nas próximas eleições veremos outros Tiriricas por aí?
Nos casos presidenciais vemos que é de suma importância à aparência que os candidatos devem possuir. Ahn? Mas a Dilma, Marina e o Serra são feios! (risos) Brincadeiras a parte, hoje um candidato que almeja a presidência da república possui profissionais voltados para buscar a melhor roupa, joias, sapatos e se possível algumas cirurgias plásticas que o aspirante ao cargo político mais alto deve usar ou se submeter. Além da aparência o candidato elabora toda a sua campanha em cima do que os seus consultores acham melhor. Se tiver que ir a uma favela, o candidato não pode usar determinadas roupas ou joias e se tiver que ir a um evento em uma orquestra, é outro tipo de vestimenta. Tudo é calculado para obter a melhor imagem possível em qualquer situação.
Outro caso é o de alianças políticas. Sim, até nisso o povinho do Marketing está metido! “Dilmasia” (Dilma e Anastasia) é um exemplo clássico de marketing político. Os dois são de partidos que não possuem afinidade, mas resolveram se unir por uma questão de estratégia de seus “marqueteiros”. Por incrível que pareça o Marketing Político vence eleições! Então, se você quiser se candidatar, trate de arrumar um bom consultor de imagem ou um profissional de marketing.  

Marketing Político

Por Arianne Rocha
Em época de eleição campanhas viram mercado eleitoral, a essência do marketing é a "venda" da pessoa que se candidata para o eleitor. É um conjunto de estudos e medidas que proveem estrategicamente o lançamento e a sustentação de um candidato no mercado eleitoral, tendo por objetivo a vitória nas eleições.
Entre as atividades fundamentais do marketing estão à pesquisa de mercado, o planejamento da campanha, a determinação visando a vitoria, a propaganda, as promessas que são feitas durante as campanhas, as imagens em outdoors, etc. A pesquisa que é feita com o eleitor, ou a pesquisa eleitoral, visa conhecer as tendências do eleitor em tudo o que possa interferir direta ou indiretamente no seu voto. O planejamento busca moldar o candidato às necessidades e desejos do eleitor. A determinação de votos consiste na adequação das propostas e seus custos sociais, considerando as propostas e custos apresentados pelos adversários. A propaganda e as promessas têm por objetivo tornar o candidato cada vez mais forte e conhecido, o custo social é tudo aquilo que é usado para campanha em TV, radio, jornais, outdoors, etc. Todo esse gasto ajuda ao candidato a levar suas propostas ao eleitor.

O marketing, utilizado em campanhas eleitorais indistintamente pelos partidos de direita, é um instrumento essencialmente autoritário. A base de construção das candidaturas, do programa eleitoral (que invariavelmente é diverso do que é praticado) e do discurso dos candidatos, é o senso comum e não um programa político-ideológico. O candidato é trabalhado como um produto a ser "vendido" no mercado eleitoral, e não como um agente de mudanças, representante de um movimento na sociedade. O motor das suas campanhas é o dinheiro dos que os financiam, e não um conjunto de ideias e paixões disseminadas no tecido social.
Infelizmente com todo esse marketing nosso Brasil vira um verdadeiro lixo ambiental e visual. A imagem que se tem durante campanhas é de uma destruição  e falta de respeito com a sociedade.

Por que o marketing político se tornou uma peça fundamental em uma eleição política?

Por Thiago Alves
Nestas eleições vimos o efeito que uma campanha de marketing pode alcançar. O candidato Tiririca, foi eleito o deputado federal mais votado, abusou de sua figura pública e de seu humor para conquistar os eleitores. Com frases sinceras ou não, ele conseguiu mais de um milhão de votos no estado de São Paulo. “Vote no Tiririca pior que tá não fica”, disse o candidato de numeração 2222. Outra citação de Francisco Everardo Oliveira da Silva, o Tiririca, que causou polêmica, mas é a pura verdade é: “Quero ser deputado federal para ajudar os mais necessitados, inclusive a minha família”. Para muitos ele falou a mais pura verdade.
Tiririca virou um fenômeno no Youtube (canal de vídeos na Internet) e com polêmicas declarações como: “O que é que faz um deputado federal, na realidade eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”, afirmou Tiririca em um vídeo de sua campanha. Até que ponto percebe-se a mão do profissional de marketing na campanha do candidato? O Tiririca é um exemplo da empreitada de sucesso do Marketing Político. E será que nas próximas eleições veremos outros Tiriricas por aí?
Nos casos presidenciais vemos que é de suma importância à aparência que os candidatos devem possuir. Ahn? Mas a Dilma, Marina e o Serra são feios! (risos) Brincadeiras a parte, hoje um candidato que almeja a presidência da república possui profissionais voltados para buscar a melhor roupa, joias, sapatos e se possível algumas cirurgias plásticas que o aspirante ao cargo político mais alto deve usar ou se submeter. Além da aparência o candidato elabora toda a sua campanha em cima do que os seus consultores acham melhor. Se tiver que ir a uma favela, o candidato não pode usar determinadas roupas ou joias e se tiver que ir a um evento em uma orquestra, é outro tipo de vestimenta. Tudo é calculado para obter a melhor imagem possível em qualquer situação.
Outro caso é o de alianças políticas. Sim, até nisso o povinho do Marketing está metido! “Dilmasia” (Dilma e Anastasia) é um exemplo clássico de marketing político. Os dois são de partidos que não possuem afinidade, mas resolveram se unir por uma questão de estratégia de seus “marqueteiros”. Por incrível que pareça o Marketing Político vence eleições! Então, se você quiser se candidatar, trate de arrumar um bom consultor de imagem ou um profissional de marketing.  

Uma Eleição Mista

Por Arianne Gome

Graças à “Ficha Limpa”, ficarão de fora os candidatos: Sr. REPOLHO, Sr. FEIJÃO e Dona BATATA DOCE todos por crime contra o meio ambiente, principalmente reuniões e elevadores.
As eleições ocorrerão daqui dois meses e as campanhas já estão nas HORTAS de comunicação. A disputa está bastante acirrada entre Dona PIMENTA e o Sr. CEBOLA.
A incrível força da Sra. TOMATE junto ao eleitorado tem transferido votos de sua influência para Dona Pimenta. As pesquisas já demonstraram uma provável vitória de Dona Pimenta já no primeiro turno para desespero do Sr. CEBOLA. Este por sua vez lamenta não ter como seu vice o Sr. BAGRE, peixe muito escorregadio, muito popular em Minas.
Antes de votar é bom pensar como ficará a DIGESTÃO. Se não for boa, temos apenas a coligação do TEMPERO com as FRUTAS: o famoso: SAL DE FRUTAS.
Não vou declinar meu voto, mas vou dar uma dica: Não vivo sem paz, sem amor e sem muito verde. Além disso, tenho certeza que TOMATE faz muito bem pra Saúde.

BOM APETITE. VOTE CONSCIENTE.

Estratégias políticas

Por Henrique Paolinelli

O jeito como é tratado à política no mundo atual, a imagem do candidato é muito explorada pelos marqueteiros de plantão. De certa forma deixa-se de explorar as experiências políticas do candidato para formar uma imagem pessoal forte.
Quando falamos em marketing no Brasil nos lembramos dos escândalos ocorridos recentemente com dinheiro público. Os marqueteiros recorrem para maquiagens, plásticas, cirurgias dentárias, entre outros artifícios para exibir a “beleza” do político. Assim, os eleitores começam a se pronunciar sobre a imagem física, ao invés de se preocuparem com as qualidades acima citadas.
Hitler usou fortemente o marketing político para conseguir que suas ideias se difundissem, com propagandas mostrando soldados do partido nazista e incentivando a caça aos judeus, seu marketing acabou com o holocausto, não que o marketing seja uma coisa ruim é só um exemplo.
Marina Silva foi criticada inúmeras vezes pelo seu modo de vestir e por não usar maquiagens, mal sabiam os críticos que ela tem alergia a produtos químicos.
O marketing político é sem dúvida uma atividade antiga já dizia Napoleão Bonaparte: “Para ser justo, não é suficiente fazer o bem, é igualmente necessário que os administrados estejam convencidos”, pois bem sendo assim não é possível obter êxito somente com suas habilidades políticas precisa de um empurrãozinho dos amigos do marketing.
O atual presidente Lula é um outro grande exemplo para este tema, após perde três vezes a cadeira de presidente do Brasil resolveu dar uma melhorada no visual, fez a barba, melhorou a sua roupa, aí foi  “pimba na gorduchinha” ganhou as eleições 2 vezes seguidas. É claro que outros fatores são relevantes, mas parece que hoje não se pode deixar de prestar atenção na imagem do candidato.
Se você quer se candidatar a um cargo público trate de arrumar antes assessores entendidos de economia, bem estar social, um bom marqueteiro, ai sim você começara a obter ganhos com a população, que parece estar votando não para um cargo de presidente, mas sim para um concurso de beleza que envolve mais ou menos 190 milhões de cidadãos brasileiros.

O dia das eleições

João Paulo Mello
                 
Momento de expectativas, de esperanças. Chegou aquele dia tão esperado, por vezes aspirado. Pelo menos para os candidatos...
                  Debates, discursos, propostas, corpo a corpo, santinhos, conflitos ideológicos, visões promissoras. São palavras que resumem bem uma eleição e seria o ideal a ser seguido pelos candidatos que pleiteiam um cargo de representação social. Inércia, desvio, escândalo, artimanha, medo, insegurança. Estes também são verbetes que ultimamente nos fazem lembrar o porquê da desilusão persistir nos corações do eleitorado cada vez mais desmotivados a saírem de suas casas no intuito de votar. Onde está a consciência de que na ponta de seus dedos há um poder fenomenal? Tristemente isso é reflexo de anos e anos de contradições e atos incoerentes praticados pelo contexto político nacional.
                   Ideais públicos ou interesses privados, o que motiva um candidato? Difícil resposta. Há mobilização pública, porém ainda insuficiente para conter os diversos escândalos vistos. Esse papel está ainda com a imprensa. Até quando?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ternos x Verde e Amarelo

Fael Lima

É um grande jogo que vemos aqui hoje, pois os Ternos jogam com grandes estratégias pra cima do Verde e Amarelo. Muitos dos ternos já jogaram do lado de cá, mas isso pra eles não importa muito, pois o que vale é o profissionalismo, e quando se é um Terno, a visão muda drasticamente.
Luis Inácio, técnico dos Ternos já foi um grande ídolo do Verde e Amarelo, mas após sentir algumas fisgadas na parte posterior do bolso, o mesmo encerrou a carreira nos campos e começou a carreira como um técnico Ternista.
Os ternos possuem o atacante Senador do Norte, que é rápido e sorrateiro, fazendo uma partida diferente, desviando todas as jogadas para a direita. Com os lançamentos do meio de campo, que cria muito, a todo o momento ele tem a chance de fazer um gol para dedicar aos amigos e parentes.


O Verde e Amarelo atualmente está enfraquecido com a expulsão do defensor Saúde, que fez falta nas subidas pela esquerda da revelação mexicana A(H1N1). Sei não hein, mas tem gente grande atrás dessa revelação aí.
Os expectadores, que não prestam mais tanta atenção no jogo, se preocupam mais com as líderes de torcida e seus “reality shows”, quando poderiam cobrar um melhor desempenho do time.
Foi a torcida quem bancou o atacante Cara Pintada, grande revelação da década de 90, fazendo um grande campeonato, sendo transferido depois para o time dos Virtuais.
A dica que fica é que os dirigentes das equipes valorizem mais as torcidas que já pagam tão caro pelos ingressos no dia a dia.
E ao time Verde e Amarelo, que aproveite as penalidades de 4 em 4 anos para mudar o placar desse jogo.
Quando estiver cara a cara com a urna, seja artilheiro e renove esse time que tantas vezes tem estragado o espetáculo, e assim nós seremos muito mais que uma nação penta campeã.

*os nomes usados para representar os jogadores, não tem ligação alguma com qualquer pessoa ou fato que possa ter ocorrido nesses 510 anos de Brasil.

Diário de um voto salvo

Nayara Carmo

Era três de outubro, mas eu continuava indecisa. “Você é o futuro da nação!”, gritava minha consciência, na certeza de que eu a escutaria. Tudo bem. Defina como quiser: bobeira, idiotice, falta de compromisso. È isso, a palavra é falta de compromisso. Certo, sei o que vai pensar, que ter 17 é uma festa e alegria constante... mas eleição não é balada(por mais que ás vezes pareça) e meu voto, ainda que seja apenas mais um, é meu. Ouviu consciência? È meu! Faço dele o que quiser e não me venha com o mesmo clichê que o futuro político da nação depende de mim. Acaso viu por aí santinhos com meu rosto?Então isso só leva a pensar que se por acaso o futuro depende de um só, com certeza esse alguém não sou eu. Já ouviu falar de voto facultativo? Sei que não estou em pleno comprimento de meus deveres com a nação, mas sigo pensando que por pior que pareça, de nada adiantaria conceder meu precioso voto a alguém sem as mínimas condições de governar um país. Pior que não votar é fazê-lo sem inconscientemente e sem preocupação. E olhando dessa forma, eu tenho razão, meu voto está salvo. E até 2012.

sábado, 16 de outubro de 2010

Primeira vez.

Por Miriam Gonçalves
Enfim chegou minha vez, estava toda animada, parecia que iria há uma festa, iria ser minha primeira vez. Acordei cedo, tomei café, me arrumei e fui confiante que iria fazer a coisa certa.
Na rua vi varias pessoas fazendo “boca de urna”, mas me neguei a falar com eles, já era domingo hora de eleição já estava certa em quem ia destina meu voto. Fiquei horrorizada com as ruas, estavam totalmente cobertas de papeis, bom cheguei à escola, não fazia a menor ideia onde ficava minha seção, alias nem sabia o que era, tinha gente pra todo lado. Cheguei a minha seção, era a mais cheia de todas, fiquei horas na fila. Já estava cansada principalmente de ouvir os critérios e o desinteresse que as pessoas tinham para escolher seus candidatos, enfim minha vez, votei. Agora no lugar da ansiedade tenho a incerteza se fiz realmente a escolha certa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma escolha nas ruas

Por Lorayne François

Época de eleição é sempre a mesma situação. Candidatos atacando e buscando de seu principal rival algum “podre”. Propagandas eleitorais que muitas vezes são usadas para fazer críticas a candidatos da oposição.Mas,o que chama mais atenção nesta época é a grande sujeira que fica pelas ruas das cidades.
É fato que no dia da votação o número de santinho de candidatos nas ruas cresce muito mais. Muitos tentam distribuí-los para que as pessoas indecisas votem no candidato. Triste, mas verdade, muitas pessoas vão ao local de votação sem saber todos os candidatos em que vão votar. Não se importando com o futuro de nosso país e não tendo consciência da importância e responsabilidades que todos os eleitos têm, muitas pessoas escolhem o número de seu candidato no chão. Pega nas ruas qualquer candidato para não votar em banco ou anular seu voto, dizem que é jogar voto fora, mas votar em qualquer candidato em que nunca ouviu falar não é jogar voto fora?
As pessoas têm que ter mais consciência e pelo menos um pouco de atenção e interesse com a política, pois através dos candidatos escolhidos que será decidido o futuro de seu país, estado e cidade.
Para começar a melhorar e diminuir tanta corrupção, a atitude tem que começar com a gente, temos que ser mais exigentes com os candidatos e passar a escolher com consciência e não através da boa aparência do candidato nas fotos de santinhos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Alunos x Panfletagem na porta da faculdade

Por Jaqueline de Paula


Já virou ritual. Todos os dias na entrada da faculdade, um grupinho de no máximo quatro pessoas fazem panfletagem política e há dois passos da portaria, algum ser consciente que se solidarizou com seus próximos, com certeza já se sentiu incomodado com a situação e resolveu colocar uma lixeira, posicionada de forma estratégica para que nós, alunos, tenhamos onde depositar esse monte de papéis inúteis, uma vez que a maioria das pessoas aceitam pegá-los por educação, mas “arremessam” na primeira “cesta” que aparecer na frente sem se quer ler o que está escrito.
Outro dia, me surpreendi com a capacidade de inovação dos políticos. Aguardando para receber os costumeiros papéis coloridos cheios de nomes e números, uma moça devidamente instruída a dar um sorriso que pareça natural, me entregou um CD. Confesso ter me despertado a curiosidade de ouvir ou ver o que estaria gravado nele. Comecei a imaginar que no auge da obviedade, seria uma musiquinha daquelas irritantes, mas que depois não saem da cabeça, ou um vídeo do candidato fazendo ilusórias promessas caso venha a vencer. Mas a curiosidade durou pouco, porque ali, naquele momento, eu e algumas pessoas que também receberam o CD, paramos para uma rápida reflexão, sobre quanto dinheiro é investido em campanhas políticas, e como o uso dessa verba poderia ser usado para resolver problemas muito mais urgentes que carecem da nossa devida atenção como, educação, saúde e infra-estrutura.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O POVO FALA

POR SÉRGIO VIANA

QUAL FOI O SEU CRITÉRIO PARA ESCOLHER OS CANDIDATOS ?


“Escolhi os candidatos dos meus tios, porque não me interesso muito por política, mas no caso dos deputados votei em amigos do meu tio que pediram votos.”

Clarisse, 20 anos, estudante

“Votei quase tudo em branco porque não confio mais nos políticos; Para mim, são todos iguais, mas abri uma exceção para Marina, para tentar tirar a vitória de Dilma ou de Serra.”
Bernardo, 26 anos, porteiro

“Votei em candidatos que foram atuantes e que tem ficha limpa, mas votei em um senador apenas porque os outros não correspoderam , também procurei saber sobre seus suplentes, coligações e suas propostas, pesquisei muito antes de votar.”

Gilmei, 24 anos, estudante

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pai dá a vez ao filho

Por Fernanda Ribeiro
Domingo de eleição, ruas movimentadas, colégios e seções lotadas. Porém minha seção é sempre muito tranquila. Chegando lá, apenas 3 pessoas na minha frente, tudo muito calmo, até que um eleitor chega com seu filho de aproximadamente 5 anos e o menino pede para apertar as teclas para o pai. Tudo bem, minha mãe sempre deixou que eu e meus irmãos votássemos por ela, mas em eleições de poucos candidatos e não de 6. O menino então, que deve estar aprendendo a contar agora, não sabia quais eram os números anotados na cola do pai e pediu ajuda a ele, aí a fila começou a encher, começamos a ficar irritados com a situação, porque até mesmo um idoso teria sido mais rápido. Pois bem, depois de cinco minutos e meio contados no relógio, o garotinho concluiu os votos do pai. Ao saírem da seção, o pai do garoto diz: “Nossa, como a fila encheu!”. Eu e minha mãe, ficamos olhando a reação das pessoas na fila de votação e também para os mesários. Todos estavam indignados com o comentário dito.

Dia de driblar a sujeira


Por Miriã Amaro

Acordei cedo e sai antes mesmo das seções eleitorais serem abertas. Só que havia esquecido a minha capa de chuva para poder enfrentar a tempestade de papel que me esperava. Perto de onde voto não sabia diferenciar a rua da cobertura feita com os panfletos que ali se fixaram.
E assim percebi que o resultado das Eleições de domingo não ficaria apenas nas urnas. Ele também seria visto nas ruas das cidades. Parecia que a propaganda promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral, com os dizeres “Sujeira não é legal”, havia sido ignorada ou nem existiu.
Penso que cada candidato tem o direito de fazer suas propagandas. Claro. Porém deviam ter a consciência dessa poluição eleitoral presente no dia e após as eleições.
É importante ficar com as atenções direcionadas para esse dia tão importante, no qual exercemos o poder de cidadão. Mas, ressalto que ainda não foi inventado algo que limpe as ruas automaticamente, senão a vassoura, a pá, o saco para lixo e uma pessoa que saiba manusear esses instrumentos.

Conquista Ingrata

Sabrina Assumpção

Com o sentimento de que poderia mudar o mundo, acordei no último domingo pensando se estava certa de minha decisão, ou, indecisão. A campanha eleitoral não tinha sido muito produtiva, pelo menos pra mim. Por quase três meses, mais ouvi candidatos se alfinetando, e jornais escarafunchando suas vidas privadas com designo de encontrar escândalos dignos de primeira página.

Votar em candidatos mal pretensiosos poderia resultar em um desastre maior ainda do que o já atual quadro político brasileiro. Mas, sem querer perder o direito de cidadã, antes de sair de casa, certifiquei-me de que estava com o número de todos os seis candidatos dos quais iria votar.

O calor escaldante, a dificuldade para estacionar o carro, a fila gigantesca de minha seção tudo estava me incomodando naquele momento. Mas, pensando nas lutas pelos direitos civis que meus antepassados sacrificaram suas próprias vidas para conquistar, tentei não ofendê-los ao máximo. Tentei segurar minhas reclamações pela situação desagradável em que me encontrava e por ter tido que abandonar minha cama mais cedo naquele domingo.

Após finalmente ter conseguido sair da cabine de votação, passei o resto do dia pensando a respeito do que poderia acontecer se determinados candidatos ganhassem aquela eleição. “Pelo pouco tempo que o Brasil teve pra analisar a situação do país e relacioná-la às propostas de cada candidato, talvez seja melhor haver um segundo turno”, pensei.

Horas mais tarde, minha reflexão se tornou realidade. Mais 30 dias para enfrentar novamente o calor (ou a chuva), trânsito, fila... Mas, quer saber? Talvez o problema esteja conosco, eleitores, que perdemos tempo demais reclamando. Quem sabe agora, uma segunda chance para refletir mais, pensar mais. Talvez, daqui a 30 dias eu acorde não apenas disposta a mudar o mundo, mas com a certeza dessa mudança não apenas pelo meu voto, mas de mim, como eleitora grata.

Crianças também votam?

Dia de votação no Brasil para candidatos a presidência da república, governador, senador, deputado estadual e federal. Neste último dia 03 pessoas de todo tipo foram votar, idosos, adultos, jovens e crianças, sim crianças!
No meu local de votação, vi duas situações que me entristecerem e que só comprovam como ainda existem pessoas que não se importam com as eleições. Uma mulher levou seu filho para apertar os botões da máquina eleitoral e mal sabia quantos candidatos seriam, imagino eu que mal sabia também em quem votar e seu filho provavelmente apertou qualquer número.
Para completar ainda escuto de outra mãe:
- Minha filha perdeu minha “cola”, tive que votar tudo em branco!
É importante claro, que uma pessoa se envolva desde cedo com a política, é uma forma de ver a situação da democracia do país onde vive. Acontece que muitas pessoas não levam seus filhos com esse objetivo. Pensando nisso o que fica é a dúvida e o medo do futuro de um país no qual os filhos aprendem desde pequenos que votar é uma brincadeira de apertar botões.
Por Lídia Salazar


Descaso com a democracia

Por Bruno Menezes

Calor em Belo Horizonte, ruas movimentadas e muita sujeira nas calçadas, era dia de votação. Dias antes eu já me preparava, ouvi opiniões de amigos e parentes sobre quem iriam votar e um comentário me chamou muito a atenção. Reunião na casa de um amigo, todos sentados na sala, bebendo cerveja e vendo televisão. Começa o horário eleitoral e junto com ele nossa discussão sobre política.

Estávamos discutindo sobre nossos votos para senador, governador e por ultimo para presidente. Reconhecemos que a onda verde estava cada dia mais forte, mas um comentário de nosso anfitrião nos deixou assustados. Ele disse: “Irei votar na Dilma Rousseff para que essas eleições acabem no 1º turno e eu não tenha que ir votar no 2º turno.”

Não fizemos comentários sobre sua afirmação no momento, afinal cada um tem sua opinião e devemos respeitá-las, mas para mim opiniões como essas mostram o desinteresse do brasileiro em exercer seu direito de voto e o quão o voto obrigatório é prejudicial para o país.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Democracia x Obrigação

por Jéssica Coelho
Neste domingo, 03 de outubro de 2010 houve a eleição, dia em que a democracia se manifesta, dia lindo para todos os brasileiros que conquistaram esse direito depois de muita luta. Será?
Até pode ser para alguns, mas para a maioria acho difícil que seja realmente um dia que eles deem valor.
Estava eu na fila, esperando que todas aquelas pessoas colocassem todos aqueles números nas urnas, até que um homem de uns 35 anos se vira para mim e pergunta: em quem você vai votar para senador? Eu, por educação, respondi, indagando qual seria o motivo da curiosidade. Ele então fez uma cara de quem está pensando sobre minha resposta e disse “É, esse candidato também é bom. Vou votar nele também. Mas são dois não são?” Novamente, eu com minha educação, respondi balançando a cabeça. Então quem estava do meu lado se vira para ele e diz “Deixa de bobeira, vota tudo nulo, que dá na mesma, esse em quem você está querendo votar já vai ganhar mesmo!” Assim, ele faz novamente sua cara de quem está pensando sobre aquilo, olha para mim e diz “Realmente, é melhor anular...”.
Mas que bela democracia. Pessoas estão lá por obrigação, mal sabem o que estão fazendo e ainda se influenciando por quem quer que esteja a seu lado.

O Povo Fala

O horário eleitoral gratuito contribui para o voto consciente?
Por Thiago, Henrique e Tomaz
“Não contribui, porque o que eles me falam em 20 minutos não irá me convencer do que eles farão em quatro ou oito anos pelo país e por mim”
Suzana Costa, 20, estudante de Jornalismo
“Não me ajuda, pois é muito complicado. Eles enrolam muito e geram muita intriga entre eles, ao invés de apresentar propostas para o país”
Maria da Conceição, 50, vendedora ambulante
“Não contribui para minha escolha de voto, devido à desigualdade de tempo e dinheiro investidos nas campanhas”
Luan Silva, 20, estudante de Relações Pública