segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Política e Aborto

Por Lorayne François

No Brasil o aborto é considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de vida materno.
Dilma, em 2007, no jornal Folha de São Paulo e em entrevista à revista Marie Claire defendeu a legalização do aborto. Mas mudou o seu discurso afirmando que é contra quando percebeu que esta declaração poderia afetar sua candidatura.
“Não podemos fingir que essas mulheres não existem, elas fazem isso em situação muito precária, recorrer ao aborto provoca risco de vida e em alguns casos à morte. Para prevenir para que não haja o aborto, primeira questão, nós temos que tratar a quantidade imensa de gestantes adolescentes que recorrem ao aborto ou porque têm medo da família”
Se acorrer a legalização do aborto no Brasil, vai fazer com que muitas mulheres tenham como alternativa o aborto quando não prevenirem nas relações sexuais. Mas, por outro lado, essas mulheres terão muito mais orientação e acompanhamento médico.
Vidas não devem ser descartadas desta maneira. Aborto é acabar com a vida de alguém que não teve a oportunidade de viver.
Monica Serra, mulher de José Serra, também entrou nesta polêmica, pois já fez um aborto. Esta informação veio através de sua ex-aluna no curso de dança da Unicamp, em 1992, que afirmou que Monica contou pra seus alunos que fez aborto quando estava no exílio com o marido. O fato de ela ter feito um aborto na época da ditadura, não quer dizer que hoje ela seja a favor. Monica pode ter se arrependido.
José Serra diz que é contra o aborto por “valores cristãos”, que impedem a interrupção da gravidez em qualquer circunstância. Mas saiu na mídia um documento assinado por ele quando foi Ministro da Saúde, em 1998. Ele assinou para o Sistema Único de Saúde (SUS), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5° mês da gravidez.
A opinião de um candidato a presidência sobre o aborto é interessante, mas não tem tanta importância, pois não são eles que fazem as leis e decide sobre isto.
Com este assunto, os candidatos fugiram um pouco do foco nas suas discussões de propostas. Então é mais interessante que os candidatos mostrem as suas propostas do que ficar discutindo se é a favor ou não do aborto.

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