segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Diário de um voto salvo

Nayara Carmo

Era três de outubro, mas eu continuava indecisa. “Você é o futuro da nação!”, gritava minha consciência, na certeza de que eu a escutaria. Tudo bem. Defina como quiser: bobeira, idiotice, falta de compromisso. È isso, a palavra é falta de compromisso. Certo, sei o que vai pensar, que ter 17 é uma festa e alegria constante... mas eleição não é balada(por mais que ás vezes pareça) e meu voto, ainda que seja apenas mais um, é meu. Ouviu consciência? È meu! Faço dele o que quiser e não me venha com o mesmo clichê que o futuro político da nação depende de mim. Acaso viu por aí santinhos com meu rosto?Então isso só leva a pensar que se por acaso o futuro depende de um só, com certeza esse alguém não sou eu. Já ouviu falar de voto facultativo? Sei que não estou em pleno comprimento de meus deveres com a nação, mas sigo pensando que por pior que pareça, de nada adiantaria conceder meu precioso voto a alguém sem as mínimas condições de governar um país. Pior que não votar é fazê-lo sem inconscientemente e sem preocupação. E olhando dessa forma, eu tenho razão, meu voto está salvo. E até 2012.

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