Por Tomaz de Alvarenga
E a onda verde, de fato, chegou. Surgiu tímida, mas ganhou força nas últimas semanas e transbordou todas as expectativas, forçando a eleição presidencial para o segundo turno.
A candidatura da Marina Silva cresceu essencialmente entre os mais religiosos (católicos e evangélicos), após o titubeio de Dilma Roussef em relação ao aborto. Também abocanhou parte da classe média escolarizada, de 5 a 10 salários mínimos, que viu nela uma candidatura moderna, capaz de prosseguir com os programas sociais de Lula, mas com um diferencial ético, algo que faltou no governo atual.
Da mesma forma, Marina cooptou quase 20 milhões de eleitores pela simplicidade e honestidade, sem as frases prontas guiadas por marqueteiros, que Dilma não consegue fugir e Serra tenta contornar. Marina é ela própria, pronta.
A onda verde arrebatou Vitória/ES, obteve ótima votação no Rio de Janeiro/RJ e avançou pelo interior, onde a candidata do PV foi a mais votada em Belo Horizonte/MG e em todo o Distrito Federal.
No segundo turno, o candidato que conseguir surfar na onda verde e não deixá-la se tornar uma marolinha, levará significativa vantagem.
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