sábado, 23 de outubro de 2010

A repentina fervorosidade de Serra e Dilma


Por Jaqueline de Paula

Parece ter sido banalizado o real conceito de religião pelos atuais candidatos à presidência do Brasil. Em meio a uma acirrada corrida política, Serra e Dilma não têm medido esforços para conseguirem alcançar o posto desejado. Após uma colocação infeliz da candidata do PT em que ela desafia a onipotência de Deus, afirmando que nem ele poderia tirá-la do sério, os opositores não hesitaram em usar isso como uma forma de ataque, questionando a religiosidade de Dilma. Daí pra frente as manifestações dos eleitores começaram a se acalorar, o que gerou certa pressão. Como saída, os dois candidatos, que até então teriam evitado tocar no assunto na tentativa frustrada de agradar a todos , começaram a manifestar um certo e duvidoso fervor religioso.
A mídia, no seu papel de mostrar as pessoas a realidade dos fatos não quis deixar o fato passar em branco e agora por todas as partes há questionamentos a respeito dessa postura repentina dos candidatos.
           O Brasil é um dos poucos países onde ainda há uma considerável tolerância religiosa, e essa coexistência é possível porque é fruto de um país de miscigenação. Então a questão é que qualquer pessoa, inclusive os candidatos, podem ter suas escolhas sem inferir os demais, e exercer sua função plenamente, de forma de que isso não influencie nas suas ações perante o governo.
Serra e Dilma que ultimamente só têm usado ações fisiológicas deveriam se preocupar mais em apresentar soluções cabíveis para os diversos problemas sociais, econômicos e ambientais que assolam o país do que ficarem atacando um ao outro.

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